Vigência: 2017 – Em andamento

Equipe de Trabalho
Alunos envolvidos: Graduação: (1) / Doutorado: (1) .
Integrantes: Meily Assbú Linhales – Coordenador / Giovanna Camila da Silva – Integrante / Cassia Danielle Monteiro Dias Lima – Integrante / Luciana Bicalho da Cunha – Integrante / Sergio Chaves Júnior – Integrante.
Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Auxílio financeiro.Número de orientações: 1

Descrição
Estudos recentes no âmbito do Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer (Cemef/UFMG) permitem afirmar que ente as décadas de 1920 e 1960 a Educação Física brasileira estabeleceu importantes conexões com países vizinhos, notadamente a Argentina e o Uruguai, embora tais aproximações tenham sido pouco exploradas pela historiografia ou mesmo eclipsadas pelo argumento de que a produção realizada no Brasil dialogava diretamente com sujeitos e métodos europeus ou norte-americanos. Nesse termos este estudo busca identificar e problematizar relações estabelecidas entre brasileiros e uruguaios no processo de afirmação e desenvolvimento da Educação Física como prática social e escolar, desde as primeiras décadas do sec. XX. A criação de espaços urbanos para o lazer e o exercício corporal, as práticas de ginástica e esportes, a recreação como dimensão constitutiva da saúde e da higiene, entre outros, são alguns dos eixos temáticos que permearam intercâmbios de formação de professores e delinearam modelagens para o ensino da Educação Física nos dois países. Do ponto de vista da abordagem teórico metodológica, o projeto buscará operar em duas perspectivas complementares. Priorizando analisar em perspectiva histórica o caráter plural das práticas culturais (compreendendo-as como sucessivos processos de circulação e apropriação), os pressupostos das ?histórias conectadas? (connected histories) contribuem na verificação e análise da complexidade e da interdependência entre percursos nacionais e regionais (FONSECA, 2013; SOUZA, 1016; GRUZINKI, 2015). Também merecem destaque e problematizações os variados mediadores culturais (sujeitos, livros, objetos, manuais, etc.), bem como as diversas maneiras como educadores e os artefatos que fizeram circular, especialmente os impressos, provocando inventivos processos de recepção e apropriação de modelos. Muitos brasileiros foram estudar no Uruguai antes da criação dos primeiros cursos de Educação Física por aqui. Tal preparação merece ser investigada quanto aos saberes e práticas adotados, quanto aos métodos de ensino e ainda quanto às relações entre o escolar e o não escolar na Educação Física.