Extensão

Partilhando memórias: recepção, organização e disponibilização dos acervos do Cemef/UFMG

Vigência: 2013 – Em andamento
Financiamento:

Equipe de trabalho
Iara Souto Ribeiro Silva
Coordenação: Meily Assbú Linhales
Graduandos: Brenda Oliveira Batista

Resumo
Uma das atividades que o Centro vem realizando desde a sua criação é a constituição de acervo por meio de doações externas e de recolhimentos de documentos produzidos pela própria Escola de Educação Física da UFMG. Tendo em vista a experiência acumulada ao longo de seus 20 anos de existência o Cemef busca incrementar suas ações extensionistas. Este projeto agrega uma diversidade de ações nas quais a extensão encontra-se em sua estreita articulação com a pesquisa e o ensino de graduação e pós-graduação.
Neste projeto, a relação entre pesquisa e extensão ganha materialidade por meio da consolidação e divulgação do CEMEF/UFMG como espaço de memória, produção de conhecimento histórico e divulgação científica. De modo prioritário, o projeto é voltado para o estabelecimento de uma política de acesso aos documentos históricos, por meio do atendimento de pesquisadores internos e externos à UFMG e de atividades educativas para alunos da Educação Básica e Educação Superior.
Compreendemos que preservar e pesquisar a memória do que fomos e fizemos em tempos sociais diversos são maneiras de lutar contra o apagamento de experiências humanas. Como prática que traduz o humano e sua presença no tempo, as mais variadas práticas corporais envolvem e enlaçam memórias dessas experiências. Nesse movimento de resistência aos apagamentos da história defendemos que uma das maneiras de preservar, cultivar e democratizar as lembranças da presença e da ação humana é a constituição de lugares de memória: museus, arquivos, acervos e instituições para este fim. Chagas (2006) inspira o trabalho do CEMEF/UFMG quando propõe investir no poder da memória, na sua relevância política, cujo diferencial está no estabelecimento dos lugares da memória que possam estar a serviço do desenvolvimento social, na compreensão teórica e no exercício prático da memória como direito de cidadania e não como privilégio de grupos economicamente abastados. No âmbito da UFMG, cuidar dessa memória é cuidar também dos processos de formação profissional e desenvolvimento científico. Na Universidade, preservá-la é guardar, pesquisar e compreender as ações de homens e de mulheres, as políticas de governos, de órgãos públicos, de entidades diversas; a presença de clubes, federações, confederações; a realização de eventos, jogos, festivais, e tanto mais. No enfrentamento das questões anunciados pelos projetos de ensino e pesquisa em curso no CEMEF/UFMG, buscamos simultaneamente, realizar a vocação extensionista do Centro, convictos de que existe uma estreita relação entre os processos investigativos e os processos de recuperação, preservação e divulgação da memória e da história da Educação Física mineira. E nessa perspectiva, organizamos então entre projeto.